Garantir que as equipes de cuidados clínicos tenham as informações certas no momento adequado e as melhores soluções de suporte à decisão para fornecer cuidados de alta qualidade é uma responsabilidade importante que cabe aos líderes de tecnologia de saúde. À medida que outras esferas do cuidado dependem de soluções ou plataformas digitais, as equipes tecnológicas se tornam parceiras essenciais na prestação de cuidados de saúde de alta qualidade, pois influenciam as decisões de investimento e as estratégias de implementação da tecnologia da informação em saúde (HIT). Além disso, os líderes do setor de tecnologia também precisam considerar como o ambiente tecnológico que criam afeta a eficiência operacional, mesmo à medida que as expectativas dos pacientes e os custos dos cuidados de saúde aumentam.
Qual o nível de solidez de sua base digital?
Implementar os alicerces para uma base digital sólida, mas flexível e extensível, é uma tarefa complexa. As decisões devem refletir a maturidade digital atual e desejada de cada organização, as realidades orçamentais, as expectativas dos pacientes e dos profissionais de saúde, bem como a evolução dos padrões nacionais ou regionais para HIT e padrões de cuidados. A implementação assíncrona de prontuários eletrônicos (PEPs) em todo o mundo ilustra como esses fatores afetam a velocidade e a abrangência da transformação digital em muitos sistemas e organizações de saúde.
As partes interessadas em todo o ambiente de saúde reconhecem que as informações estão no cerne das tomadas seguras de decisões clínicas, dos planos de tratamento efetivos e das experiências positivas para pacientes e médicos. Tudo isso depende do acesso às informações corretas do paciente nos PEPs e de ferramentas de suporte à decisão clínica que forneçam informações abrangentes, clinicamente relevantes e oportunas.
Portanto, a implementação de PEPs continua sendo fundamental para as transformações digitais de muitos sistemas de saúde. A padronização de dados relevantes dos pacientes em formato digital portátil agregaria grande valor em termos de velocidade no cuidado ao paciente e unificação das informações. No entanto, essa visão ainda não foi concretizada. Atualmente, mais de 40 organizações estão criando padrões de interoperabilidade em todo o mundo e não há consenso sobre quais dados que um PEP deve conter para além do nível fundamental.
Além de lidar com iniciativas de PEP, os líderes de tecnologia da área da saúde também devem pesar os benefícios e custos da integração de ferramentas digitais de suporte à decisão na “pilha” de soluções. Idealmente, essas ferramentas funcionam perfeitamente com PEPs, geram melhorias claras nas métricas de qualidade do cuidado – como as taxas de reinternação –, melhoram a eficiência e a satisfação no fluxo de trabalho clínico e melhoram o gerenciamento de formulários terapêuticos e a produtividade da força de trabalho. Os líderes de tecnologia podem auxiliar com esses objetivos selecionando soluções de suporte à decisão clínica que maximizam o retorno sobre o investimento em PEPs e preparam as equipes clínicas com os recursos certos para tomar decisões melhores e mais conscientes.
Para facilitar essa tarefa, os líderes de tecnologia podem utilizar três critérios principais para avaliar e priorizar os investimentos que movem as suas organizações ao longo da curva de maturidade digital.
Requisito 1: Conquista e manutenção da certificação de HIT
Ao escolher ou fazer um encaminhamento para uma organização de saúde, os médicos primários e os pacientes confiam na reputação da organização em termos de excelência operacional e cuidados de qualidade, conforme refletido tanto em relatos quanto nas certificações atuais. Ter o endosso das autoridades reguladoras, bem como um histórico de obtenção de níveis mais elevados de certificação por organizações neutras, como a HIMSS, pode aumentar a confiança dos potenciais pacientes, aumentar a utilização, atrair excelentes profissionais clínicos e de apoio e, em algumas áreas, garantir financiamento adicional por parte de entidades governamentais e privadas. Em suma, a certificação indica que uma instituição investe em sistemas que protegem e melhoram a segurança dos pacientes e nos cuidados clínicos.
Investimentos em tecnologia contribuem para a certificação
Os líderes de tecnologia das organizações de saúde desempenham um papel fundamental na garantia e manutenção das certificações e credenciamentos úteis, que variam de acordo com o escopo. Algumas, como a certificação de HIMSS de alto nível, são bastante abrangentes e refletem a relativa maturidade e capacidade dos principais sistemas de TI da organização. As autoridades de certificação avaliarão os protocolos e histórico de segurança de dados e informações da organização, se o gerenciamento de circuito fechado das operações clínicas foi obtido e se há investimento adequado, além de implementação de sistemas e soluções de suporte à decisão clínica. Outras iniciativas de certificação são mais discretas, como a confirmação de que uma aplicação de prescrição eletrônica foi atualizada para atender aos padrões do setor em termos de segurança de comunicação, seleção de medicamentos e opções de aviamento.
Os líderes de TI podem contribuir ajudando a avaliar e desenvolver recursos HIT prontos para certificação que atendam ou excedam os padrões do setor em termos de segurança e precisão. Além de sintetizar e documentar claramente os dados dos resultados dos pacientes para os comitês de certificação, os líderes de TI geralmente fornecem métricas de uso para PEPs e sistemas aprimorados, como soluções de suporte à decisão, como parte da aplicação de certificação. Essas métricas demonstram aos avaliadores se a organização está investindo no desenvolvimento de uma base digital forte e sustentável e, mais importante ainda, se esses investimentos se traduzem em melhores cuidados aos pacientes, recursos e conhecimentos organizacionais mais profundos e operações mais eficientes.